A voz é o resultado do som produzido pela vibração das pregas vocais (cordas vocais) que é amplificado pelas cavidades de ressonância (faringe e cavidades oral e nasal).
Os músculos intrínsecos da laringe são responsáveis pela abertura e pelo fechamento das pregas vocais. Quando respiramos, as pregas vocais afastam-se da linha média da glote para permitir a entrada de ar nos pulmões. Quando falamos, as pregas vocais aproximam-se da linha média da glote para a produção do som glótico.
Figura 1. Imagens do exame de laringe, vista superior. a) Durante a respiração: observe que as pregas vocais afastam-se da linha média da glote para permitir a entrada de ar; b) Durante a fonação: as pregas vocais aproximam-se da linha média para permitir a vibração da mucosa das pregas vocais; c) Exame laringológico
(CAP): abre a prega vocal
(CAL): fecha a prega vocal
(A): fecha a glote posterior
(TA): encurta a prega vocal e torna a voz mais grave (grossa)
O movimento de abertura da glote é chamado de abdução das pregas vocais e o músculo que realiza esse movimento é o cricoaritenoideo posterior (CAP). Esse par de músculos localiza-se na região posterior da laringe. Na disfonia espasmódica de abdução, é essa musculatura que está comprometida.
Durante a fonação, as pregas vocais aproximam-se da linha média da glote para possibilitar a vibração da mucosa das pregas vocais, que ocorre pela passagem do fluxo de ar que sai dos pulmões. O movimento de fechamento das pregas vocais é conhecido como adução das pregas vocais e os músculos responsáveis por esse movimento são o cricoaritenoideo lateral (CAL) e o tireoaritenoideo (TA). Os músculos tireoaritenoideos (TA) auxiliam no fechamento glótico quando há necessidade de aumento do volume da voz. Na disfonia espasmódica de adução, a musculatura tireoaritenoidea (TA) é que está envolvida nos espasmos laríngeos.
O som glótico, produzido pela vibração das pregas vocais, é parecido com o de um barbeador elétrico. Esse som será amplificado e moldado pelas cavidades de ressonância do trato vocal (espaço da faringe e das cavidades oral e nasal). A posição dos lábios, da língua, véu palatino, da mandíbula e da própria laringe definirá qual emissão será produzida, como vogais e consoantes. Se falarmos as vogais /a/, “é”, /i/, /o/ e /u/, observaremos que para cada vogal há um determinado posicionamento dos articuladores, principalmente dos lábios e da língua. Na disfonia espasmódica, a produção do som glótico está comprometida.
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