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Tratamentos Cirúrgicos

Tratamentos Cirúrgicos para Disfonia Espasmódica de Adução

A disfonia espasmódica pode causar prejuízo importante à qualidade de vida do paciente. A procura por um tratamento definitivo por médicos e pesquisadores tem sido incessante ao longo do tempo.


Neurectomia do nervo recorrente (Técnica de DEDO)

Em 1976, o médico americano DEDO foi pioneiro ao propor um tratamento cirúrgico para a disfonia espasmódica. O tratamento consistia na interrupção do nervo recorrente (neurectomia), que é responsável pela inervação da laringe, através de uma incisão feita na região anterior do pescoço. A cirurgia, realizada no lado esquerdo da laringe, produzia paralisia unilateral definitiva da prega vocal e resultava em fechamento incompleto das pregas vocais durante a fonação. A voz tornava-se fraca e soprosa, mas livre de espasmos. As desvantagens dessa técnica estavam relacionadas, principalmente, com a paralisia definitiva de uma das pregas vocais e com alto índice de recidiva, observado em até 3 anos após a cirurgia.


Neurectomia do ramo tireoaritenóideo do nervo recorrente (Técnica de Iwamura)

Uma outra técnica cirúrgica, menos invasiva do que a anterior, foi descrita por IWAMURA em 1986. Nesta técnica, apenas o ramo tireoaritenoideo do nervo recorrente, que inerva especificamente o músculo tireoaritenoideo, é seccionado e leva uma paralisa seletiva desse músculo. Os resultados mostraram-se satisfatórios, sem a necessidade de uma paralisia unilateral total da prega vocal.


Tireoplastia tipo II (Técnica de ISSHIKI)

No ano de 2000, Isshiki, juntamente com Tsuji, fez a primeira publicação a respeito da tireoplastia tipo II realizada com sucesso em uma paciente com disfonia espamódica. Nessa cirurgia, também realizada através de uma incisão no pescoço, as duas pregas vocais são afastadas uma da outra, na comissura anterior (região onde as duas pregas vocais se inserem anteriormente, formando um ângulo entre elas), e assim mantidas de forma definitiva com a implantação de um calço feito de titano na região. Com o pequeno afastamento das pregas, de não mais que 1mm, ocorre um alívio da pressão de ar necessária para produzir a voz (ou diminui a pressão subglótica?), ficando esta bem menos tensa e confortável para o paciente falar. Bons resultados têm sido relatados por Isshiki e col. no meio médico internacional.


Neuromiectomia do músculo tireoaritenóideo (TA)

Esta cirurgia foi idealizada por Tsuji em nosso meio (2002). A técnica cirúrgica visa diminuir cerca de metade da massa muscular do músculo tireoaritenoideo, na sua parte lateral, para produzir o enfraquecimento dessa musculatura; ao mesmo tempo, realiza-se a neurectomia do ramo tireoaritenoideo do nervo recorrente para diminuir a chance de reinervação do músculo remanescente. Por ser uma cirurgia que combina o enfraquecimento do músculo, que causa o problema (músculo tireoaritenóideo no interior da corda), e o corte da parte terminal do nervo recorrente para evitar a reinervação, os resultados têm se mostrado excelentes ao longo dos últimos 15 anos. A grande vantagem deste tipo de cirurgia é que esta é realizada sem cortes na região do pescoço, sendo tudo realizado por dentro da boca, utilizando-se o equipamento de raio LASER de CO2 e pinças cirúrgicas. A desvantagem é que alguns pacientes podem necessitar de uma reintervenção, caso ocorra recidiva da doença. A cirurgia é realizada bilateralmente.


Exemplo 1 - Pré Neuromiectomia

Exemplo 1 - Pós Neuromiectomia

Exemplo 2 - Pré Neuromiectomia

Exemplo 2 - Pós Neuromiectomia

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